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 Existe luz no fim do Unix?

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jukilo
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Existe luz no fim do Unix? Empty
MensagemAssunto: Existe luz no fim do Unix?   Existe luz no fim do Unix? Icon_minitimeSex Jul 18, 2008 3:41 pm

O Linux e o Windows cravam bits nos servidores. E colocam o Unix na parede.

A data está marcada: 31 de dezembro de 2007. Deverá ser o último
suspiro de um servidor Unix na Diagnósticos América. Especializado em
laboratórios clínicos, o grupo fatura 576,9 milhões de reais por ano e
reúne 11 marcas, entre elas Delboni Auriemo e Lavoisier. De 2003 para
cá, o sistema operacional
HP-UX vem cedendo espaço para o Linux. O pingüim estreou em áreas
periféricas, com distribuições paralelas que foram se embrenhando por
lá. “Até quatro meses atrás, havia 13 versões diferentes. Agora,
estamos padronizando para Red Hat”, diz Paulo Palaia Sica, CIO da
Diagnósticos América.

Dos 380 servidores usados pela empresa, nas plataformas RISC e Intel,
cerca de 280 já rodam Linux, parte deles com aplicações críticas. É o
caso do sistema que dá conta dos 180 mil exames realizados por dia nos
laboratórios do grupo. Só o banco de imagens consome 10 TB de espaço,
uma base que cresce respeitáveis 10 GB a cada 24 horas.

Exemplos como o da Diagnósticos América reacendem uma discussão
polêmica: será que o Unix está com os dias contados? O instituto
Gartner chegou a prever que em 2007 não haveria mais desenvolvimento
para o Unix e agendou para o ano de 2011 seu funeral. Mas o fato é que
a tecnologia ainda está longe de ostentar números moribundos. Continua
a mover bilhões de dólares em vendas, numa trindade formada basicamente
pelo Solaris, da Sun; o AIX, da IBM; e o HP-UX, da HP.

Veja o que dizem os dados mais recentes da consultoria IDC. No terceiro
trimestre de 2006, o mercado mundial de servidores gerou 12,9 bilhões
de dólares. A maior parte desse dinheiro — mais exatamente 4,8 bilhões
— ficou com máquinas equipadas com Windows. O Unix apareceu em segundo,
com 3,9 bilhões. O Linux, por sua vez, abocanhou 1,5 bilhão de dólares.

Só que enquanto os dois concorrentes ganham pontos percentuais na
participação de mercado, o Unix vai perdendo. “Novas aplicações têm
sido consideradas em plataformas baixas”, afirma Reinaldo Roveri,
analista sênior de mercado do IDC. Nos números do Gartner, a extinção
do sistema também não está mais decretada. Segundo as projeções do
instituto, que vão até 2010, as linhas de receita do Unix vão se manter
estáveis, mas verão as do Windows e do Linux crescer.

Muitos fenômenos contribuem para essa mudança de cenário. Do lado do
software, por exemplo, o Linux aparece para os adeptos do Unix como um
território para lá de conhecido. Surgiu das costelas do próprio Unix,
mas com uma encarnação mais flexível. “Nunca teríamos tanta proximidade
com o kernel num sistema comercial”, afirma Paulo Castro, diretor-geral
do Terra. O provedor, criado inicialmente em cima do Unix da SCO,
acabou desenvolvendo uma distribuição própria e customizada para rodar
em seus servidores, batizada de Linux Terra. “Não migramos simplesmente
por uma decisão de menor custo de licença”, diz Castro. Entre os mais
de mil servidores que mantêm a operação do Terra no ar aqui no Brasil,
o pingüim abocanhou cerca de 90%. “Vamos adaptando o sistema às nossas
aplicações. Isso é fundamental num negócio que vive conectado 24 horas
por dia”, afirma Marco Schilling, vice-presidente de tecnologia do
Terra América Latina.

Tem mensagem para o pingüim

Não é no preço do software e sim no do hardware que o Unix enfrenta um
de seus maiores desafios. A estruturada parceria com servidores
equipados com processadores RISC vem perdendo terreno para a atrativa
relação custo/benefício de duplas como a Intel/Linux. Foi o que
aconteceu no iG. Quando o provedor gratuito estreou, em janeiro do ano
2000, proliferavam máquinas Sun rodando Solaris. Hoje, nos dois
datacenters do Internet Group, que dão conta das operações do iG, do
iBest e do BrTurbo, cerca de 90% dos servidores rodam Linux, com as
distribuições Red Hat e SUSE. O Windows fica com algo entre 5 e 10%, e
o Unix sobreviveu em alguns poucos servidores, em sistemas específicos.

A migração para o pingüim começou em 2002. “No nosso negócio, tínhamos
uma margem apertada, e os servidores com processadores Intel começaram
a ter uma performance igual ou até superior aos com RISC, dependendo da
aplicação”, afirma Décio Sonohara, diretor de tecnologia do Internet
Group. Uma das primeiras trocas de Solaris para Linux foi a do sistema
de e-mails do iG, que tinha, em 2002, 4 milhões de contas. Hoje, esse
número bate os 7 milhões.

É justamente na hora de comprar novas máquinas que muitas empresas
acabando tirando o RISC de circulação — e, em conseqüência, o Unix. Um
dos exemplos está no datacenter do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e
Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais), que processa todos os dias gigantescos volumes de dados.
“Estamos indo na direção do Opteron e do Xeon”, diz Luiz Flávio
Rodrigues, chefe dos serviços de suporte computacionais do CPTEC.
Segundo ele, o Linux responde hoje por 95% nas compras de novas
máquinas, enquanto o Unix fica com meros 5%. No total, o Linux já
dominou 70% dos servidores do datacenter, com as distribuições Red Hat
e SUSE. O RISC/Unix, no entanto, continua firme no supercomputador
NEC-SX6. São 12 nós com oito processadores e 768 GFlops de performance
de pico, rodando o sistema Unix da NEC.

Servidores de elite

Com a acirrada competição com o Linux e a Intel nas máquinas de menor
porte, a base instalada do Unix vai se concentrando no topo da pirâmide
— e em aplicações consideradas críticas. Quando se fala em grandes
volumes de processamento, ainda existe um reduto de Unix. “Entre os
nossos clientes, está havendo um aumento de vendas do Linux no middle
market, mas nos sistemas de grande porte ele continua forte”, afirma
Elizabeth Faria, gerente sênior de consultoria da Oracle.

A última edição da pesquisa de recursos de informática
da Fundação Getúlio Vargas perguntou a uma amostra de 1 630 companhias
de grande e médio porte no Brasil qual era seu maior computador. Em 51%
delas, a arquitetura PC é dona desse equipamento. O RISC fica com uma
fatia de 29%. No software, considerando a base instalada de servidores,
o Windows leva 64%, seguido pelo Linux, com 16%, e pelo Unix, com 14%.
Dois anos antes, a relação entre Linux e Unix era justamente inversa:
14% X 16%. O Windows tinha 62%.


Na maioria das empresas, o que se vê na prática está longe de ser uma
opção xiita por um sistema ou outro. Eles costumam conviver, sem
traumas, nos datacenters. É o caso da agência de viagens CVC. Dos 15
servidores, cinco são RISC, rodando HP-UX, o que inclui a principal
aplicação da empresa, a de vendas. “Não temos a intenção de sair do
Unix”, afirma Marcos Faria, diretor de tecnologia da CVC. Os outros dez
servidores são na plataforma Intel e se dividem em Linux e Windows. O
pingüim fica em servidores, periféricos, como os de DNS e firewall, nas
distribuições Debian e Red Hat. Mas já começa a bicar outras áreas da
operadora. O novo site, por exemplo, vai combinar Java e Linux.

O McDonald’s é outro exemplo de como as tecnologias dividem espaço. Os
13 servidores Unix tendem a concentrar aplicações mais críticas de
produção, além do desenvolvimento. Há ainda quatro máquinas rodando
Linux e 15 com Windows. A empresa não pretende tirar o Unix de
circulação. “Há mais de dez anos ouço que o mainframe vai acabar, e
nada”, diz Roberto Galdieri, diretor de TI do McDonald’s.

O duelo dos chips

Enquanto a Intel e a AMD avançam na performance dos processadores, com
opções de até quatro núcleos, os fabricantes de máquinas RISC colocam
os laboratórios para trabalhar em alternativas de menor custo, para
recuperar posições nos mercados de pequeno e médio porte. Na Sun, que
já vende máquinas com chips Opteron, da AMD, rodando Solaris, Linux e
até Windows, a estratégia responde pelo codinome de Niagara — o
UltraSparc T1, um chip que chega a oito núcleos.

No Brasil, a Globo.com é uma das empresas que usam servidores com essa
tecnologia. O provedor começou a testar as máquinas, com o sistema
Solaris 10, durante a Copa do Mundo da Alemanha, quando transmitiu
jogos ao vivo pela internet. No datacenter da Globo.com, o Linux está
em 90% dos servidores, a maioria deles com Red Hat. “Não fazemos muita
distinção entre Unix ou Linux. Temos é que fugir do alto custo, o
mercado de internet é muito competitivo”, afirma Antonio Maia, diretor
de tecnologia da Globo.com.

No caso da IBM, o processador RISC que entra mais diretamente nessa
briga de custo/performance é o Power5+, composto por dois chips
dual-core. Ele equipa servidores que podem sair de fábrica rodando AIX,
Red Hat ou SUSE. Evangelista declarada do Linux, a empresa afirma que
não tem planos de sepultar o AIX: diz que a escolha do sistema é do
cliente. “Temos um roadmap claro para o Unix até 2011”, afirma Marcelo
José Violento, executivo da unidade de negócios de servidores Unix e
Linux da IBM Brasil.

A HP também nega especulações sobre o fim do HP-UX. “Não temos planos
de descontinuá-lo”, afirma Jaison Patrocinio, gerente da HP.
Considerando-se a receita, o Unix é responsável por cerca de 30% das
vendas de servidores da empresa, contra 20% do Linux e 50% do Windows.
“A plataforma RISC está decrescendo, mas o Unix, não”, diz Patrocinio.
A HP, de fato, resolveu deixar de escanteio sua arquitetura PA-RISC e
centrar forças no Itanium. Essa decisão acabou motivando até Scott
McNealy, o fundador da Sun, a sugerir à HP uma fusão entre o Solaris e
o HP-UX.

Unix de código aberto

Se o Linux brotou dos códigos do Unix, agora os papéis tendem a se
inverter. Os sinais mais evidentes de que o Unix passou a seguir o
mantra do Linux foram dados pela Sun no início de 2005. Foi quando a
empresa anunciou a abertura do código-fonte do Solaris, com a versão
OpenSolaris. Os dois produtos convivem paralelamente. “O que for
desenvolvido pelas comunidades poderá até ser incorporado às versões
comerciais futuras do Solaris”, diz Cleber Morais, presidente da Sun no
Brasil. Especula-se, inclusive, que o sistema vá aderir à licença do
Linux, a GPL. “Existe uma tendência de que as distribuições Unix
comecem a se basear no Linux”, afirma Renato Franzin, especialista do
LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis) da Poli/USP.

Sob a regência do serviços da web 2.0 e da computação sob demanda,
surge ainda uma nova tese. “Do lado do servidor, o futuro dos sistemas operacionais
é a irrelevância”, afirma Silvio Meira, cientista-chefe do C.E.S.A.R
(Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife). Neste mundo
predominantemente online, onde se compra capacidade de computação e não
máquinas propriamente ditas, as discus-sões partidárias ficariam
ultrapassadas. “O próximo sistema operacional do servidor é a rede. Os
sistemas serão um commodity, atrás de uma tomada em algum lugar”, diz
Meira. Se for assim, pouco importará se é Windows, Linux ou Unix ou
nenhum deles. Alguém dá mais?
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